segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Geografia de Mato Grosso do Sul

Geografia de Mato Grosso do Sul

Mato Grosso do Sul é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado ao sul da região Centro-Oeste e sua capital é a cidade de Campo Grande. Lingüisticamente, o nome Mato Grosso do Sul dentro de frases é acompanhado de artigo indefinido, como acontece com os estados de Mato Grosso e de Goiás.

O estado constituía a parte meridional do estado do Mato Grosso, do qual foi desmembrado por lei complementar de 11 de outubro de 1977 e instalado em 1 de janeiro de 1979. Uma parte do antigo estado estava localizado dentro da Amazônia legal, cuja área, que antes ia até o paralelo 16, estendeu-se mais para o sul, a fim de beneficiar com seus incentivos fiscais a nova unidade da federação. Historicamente vinculado à região Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul teve na pecuária, na extração vegetal e mineral e na agricultura, as bases de um acelerado desenvolvimento iniciado no século XIX.

Informações geográficas

Localização: Estados limítrofes:

Sul da Região Centro-Oeste do Brasil, Nordeste do Paraguay e Sudeste da Bolívia

Norte: Mato Grosso;
Nordeste: Goiás;
Leste: Minas Gerais e São Paulo;
Sudeste: Paraná;
Sul/Sudoeste: Paraguay:
Noroeste: Bolívia
População total: Área territorial:
2 449 341 (IBGE/2010) 357.124,962 km2
Capital:

Gentílico:

Campo Grande sul-mato-grossense (leia mais)

População da capital:

Epônimo:
787.204 hab. (IBGE/2010) Guaicuru
Maiores cidades:

Municípios

Distâncias entre Campo Grande e ...
Campo Grande, Dourados, Corumbá, Três Lagoas Áreas dos municípios (km2)

cidades do interior e outras capitais brasileiras

População dos Municípios Símbolos Oficiais
População dos Municípios do Estado - IBGE 2010 (abre em .pdf) Bandeira, Hino, Brasão
Decretos Históricos Dados Econômicos

Decreto-Lei nº 31 de 11/10/1977-Criação do Estado

Decreto-Lei nº 1 - Institui a bandeira do Estado
Dados sócio-econômicos atualizados sobre MS no IBGE.

(Clique nas miniaturas para zoom)

CIDADES PRINCIPAIS

Campo Grande. Foto wikipedia.org/
Área do município: 8.096,051 km2
População: 766.461 (IBGE/2010)
Dourados. Foto gothegol.blogspot.com
Área: 4.086,387 km2
População: 196.068 (IBGE/2010)
Corumbá. Foto wikipedia.org/
Área: 64.960,863 km2
População: 103.772 (IBGE/2010)
Três Lagoas. Foto wikipedia.org/
Área: 10.206,370 km2
População:101.722 (IBGE/2010)
Ponta Porã. Foto: faloserio.blogspot.com
Área: 5.328,621 km2
População: 77 866 (IBGE/2010)

Relevo

O arcabouço geológico do Mato Grosso do Sul é formado por três unidades geotectônicas distintas: a plataforma amazônica, o cinturão metamórfico Paraguai-Araguaia e a bacia sedimentar do Paraná. Sobre essas unidades, visualizam-se dois conjuntos estruturais. O primeiro, mais antigo, com dobras e falhas, está localizado em terrenos pré-cambrianos, e o segundo, em terrenos fanerozóicos, na bacia sedimentar do Paraná.

Não ocorrem grandes altitudes nas duas principais formações montanhosas, as serras da Bodoquena e de Maracajú, que formam os divisores de águas das bacias do Paraguai e do Paraná. As altitudes médias do estado ficam entre 200 e 600 metros. O ponto mais elevado é o Morro Grande (1.065,4m)

O planalto da bacia do Paraná ocupa toda a porção leste do estado. Constitui uma projeção do planalto Meridional, grande unidade de relevo que domina a região sul do país. Apresenta extensas superfícies planas, com 400 a mil metros de altitude. Já a baixada do rio Paraguai, domina a região oeste, com rupturas de declives ou relevos residuais, representados por escarpas e morrarias.

Estendendo-se por uma vasta área de noroeste do estado, a baixada do rio Paraguai é parte da grande depressão que separa, no centro do continente, o planalto Brasileiro, a leste, da Cordilheira dos Andes, a oeste. Sua maior porção é formada por uma planície aluvial sujeita a inundações periódicas, a planície do Pantanal, cujas altitudes oscilam entre 100 e 200m. Em meio à planície do Pantanal ocorrem alguns maciços isolados, como o de Urucum, com 1.160m de altitude, próximo à cidade de Corumbá.

Clima

Na maior parte do território do estado predomina o clima do tipo tropical, com chuvas de verão e inverno seco, caracterizado por médias termométricas que variam entre 25°C na baixada do Paraguai e 20°C no planalto. A pluviosidade é de aproximadamente 1.500mm anuais. No extremo meridional ocorre o clima subtropical, em virtude de uma latitude um pouco mais elevada e do relevo de planalto. A média térmica é pouco superior a 20°C, com queda de até 0°C nos meses mais frios do ano. A menor temperatura já registrada no estado ocorreu em Ponta Porã, com -6°C em 1975 As geadas são comuns no sul do estado registrando em média 3 ocorrências do fenômeno por ano. Observa-se o mesmo regime de chuvas de verão e inverno seco, e a pluviosidade anual é, também, de 1.500mm.

No estado, percebe-se grande variação de temperaturas, sendo registradas pelo menos uma vez ao ano temperaturas máximas próximas de 40°C e mínimas próximas à 0°C.

Hidrografia

O Aqüífero Guarani banha parte do estado, sendo o Mato Grosso do Sul detentor da maior porcentagem do Aqüífero dentro do território brasileiro.

O território estadual é drenado a leste pelos sistemas dos rios Paraná, sendo seus principais afluentes os rios Sucuriú, Verde, Pardo e Ivinhema; a oeste é drenado pelo Paraguai, cujos principais afluentes são os rios Taquari, Aquidauana e Miranda. Pelo Rio Paraguai escoam as águas da planície do Pantanal e terrenos periféricos. Na baixada, produzem-se anualmente inundações de longa duração.

De novembro a março, o Pantanal vive o período das cheias, as depressões são inundadas, formando extensos lagos, reconhecidos como Baías. Alguns desses lagos são alcalinos, apresentando diferentes cores e suas águas, de acordo com as algas que ali se desenvolvem e criam matizes de verde, amarelo, azul, vermelho ou preto. Esses lagos também se interligam ou não por pequenos rios perenes ou periódicos. Nas enchentes ocorre uma interligação entre rios, braços, baías na vazante, a terra enriquecida pelo húmus, se transforma na mais rica fonte de alimentos para sua flora e fauna. Na estação da vazante (de abril a outubro), os rios começam a baixar seus leitos, formando "corixos" ou baías que retém grande quantidade de peixes, fenômeno conhecido pelo nome de "lufada". De julho a setembro a terra é mais seca e a temperatura é amena, chegando a esfriar à noite. No início das chuvas, de outubro a dezembro, o calor é intenso, os rios começam a inundar as terras baixas, os mosquitos proliferam e os mamíferos migram para as terras altas.

A linha de divisa com o estado de Mato Grosso segue limites naturais formados por vários rios.

Vegetação

Os cerrados recobrem a maior parte do estado.

Na planície do Pantanal, no oeste do estado, durante o período de cheias do Rio Paraguai , a região vira a maior região alagadiça do planeta, lá se combinam vegetações de todo o Brasil, até mesmo da Caatinga e da Floresta Amazônica, e é um dos biomas com maior biodiversidade do Brasil.

Os campos, que constituem cinco por cento da vegetação do estado, ocupam ainda uma pequena área na região de Campo Grande e na região de Bela Vista.

Já no extremo leste sul-mato-grossense, há resquícios de Mata Atlântica às margens do rio Paraná.

Economia

A região onde Mato Grosso do Sul está localizado contribui muito para o seu desenvolvimento econômico, pois é vizinho dos grandes centros produtores e consumidores do Brasil: Minas Gerais, São Paulo e Paraná, além de fazer fronteira com dois países sul-americanos (Bolívia e Paraguai), uma vez que se situa na rota de mercados potenciais de toda a zona ocidental da América do Sul e se comunica com a Argentina através da Bacia do Rio da Prata, dando também acesso ao oceano Atlântico e ao Pacífico através dos países andinos, como Bolívia e Chile. A principal área econômica do estado do Mato Grosso do Sul é a do planalto da bacia do Paraná, com seus solos florestais e de terra roxa. Nessa região, os meios de transporte são mais eficientes e os mercados consumidores da região Sudeste estão mais próximos.

Sua economia está baseado na produção rural (animal, vegetal, extrativa vegetal e indústria rural), indústria, extração mineral, turismo e prestação de serviços. Mato Grosso do Sul possui um dos maiores rebanhos bovinos do país. Além da vocação agropecuária, a infra-estrutura econômica existente e a localização geográfica permitem ao estado exercer o papel de centro de redistribuição de produtos oriundos dos grandes centros consumidores para o restante da região Centro-Oeste e a região Norte do Brasil.

No estado 44,77% da população residente compõe a população economicamente ativa (PEA). Quanto ao rendimento médio das pessoas de dez anos ou mais (1.366.871 habitantes), 55,85% (763.293 habitantes) têm como renda média mensal até um salário-mínimo. Segundo dados da Secretaria de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento de Mato Grosso do sul (SEFOP), do total de ICMS arrecadado pelo estado, 52,7% provém do comércio, 23.7% da agropecuária, 17,2% de serviços e o restante vem da indústria.

O PIB (IBGE-2005) de Campo Grande, a capital do estado, é de cerca de R$ 7 bi. No interior, os três municípios com maior participação na composição do PIB estadual são: Dourados (pólo agropecuário e agroindustrial, comercial e de serviços) com um PIB de R$ 1,8 bilhão, seguido de Corumbá (pólo de pecuária de cria e recria, mineral e turismo) com um PIB de R$ 1,5 bilhão e Três Lagoas (pólo industrial) com um PIB de R$ 1 bi. Nos anos 90 um novo método acabou se aliando ao processo de modernização agropecuária: com o objetivo de aumentar a receita municipal, alguns prefeitos, sem qualquer critério, passaram a usar mecanismos artificiais, como o aumento do perímetro urbano.

Setor primário

A maior produção agropecuária concentra-se na região de Dourados. Desenvolve-se uma agricultura diversificada, com culturas de soja, arroz, café, trigo, milho, feijão, mandioca, algodão, amendoim e cana-de-açúcar. Nos campos limpos, pratica-se a pecuária de corte, com numeroso rebanho assumindo importância nas áreas agrícolas. Possui rebanhos de bovinos, muares, eqüinos, suínos, caprinos, ovinos, galinhas, coelhos, bubalinos, galos, frangas, frangos, pintos, asininos e codornas. No Pantanal, a oeste, estão as melhores pastagens do estado.

Setor secundário

A maior parte da energia consumida no estado é produzida pela usina hidrelétrica de Jupiá, instalada no rio Paraná, no estado de São Paulo. As indústrias do Mato Grosso do Sul são responsáveis por vinte por cento desse consumo.

O estado conta com importantes jazidas de ferro, manganês, calcário, mármore e estanho. Uma das maiores jazidas mundiais de ferro é a do monte Urucum, situado no município de Corumbá. De modo geral, o solo tem boas propriedades físicas, mas propriedades químicas fracas, o que exige a correção de cerca de quarenta por cento da área total com o emprego de calcário.

A principal atividade industrial do Mato Grosso do Sul é a produção de gêneros alimentícios, seguida da transformação de minerais não-metálicos e da indústria de madeira. Os beneficiamentos de carne bovina e de arroz têm seu centro na capital. Até antes do desmembramento, toda a carne produzida no Mato Grosso era beneficiada no atual Mato Grosso do Sul. Corumbá é o maior núcleo industrial do Centro-Oeste, com indústrias de cimento, fiação, curtume, beneficiamento de cereais e uma siderúrgica que trata o minério do Maciço do Urucum.

Setor terciário
Crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)
Ano PIB (R$) PIB per capta (R$)
2000 11.861.168.000,00 5.655,76
2001 13.736.054.569,00 6.448,26
2002 15.153.544.000,00 7.004,00
2003 19.273.681.000,00 8.772,00
2004 21.105.170.000,00 9.461,00
2005 21.641.772.000,00 9.557,00

O turismo ecológico também representa uma importante fonte de receita para o estado. A região do pantanal sul mato-grossense atrai visitantes do resto do país e do mundo, interessados em conhecer a beleza natural na região.

Possui atrativos naturais e culturais que podem ser vistos ao participar de passeios turísticos. Os cenários são distintos e com belezas peculiares, sendo rico em flora, fauna e exuberância da natureza. A dedicação de seus habitantes o tornaram uma das mais produtivas áreas agrícolas e seus visitantes devem provar sua comida típica. Principais pontos turísticos:

  • Complexo do Pantanal: é a mais extensa área úmida contínua do Planeta e um santuário ecológico que abriga a maior diversidade mundial de fauna e flora. Nele vivem aproximadamente 650 espécies de aves (cabeças-secas, garças e jaburus, o martim-pescador, os biguás, o pato-do-mato, o colhereiro, o jaçanã, o anu-branco, o pica-pau, entre outras), 240 espécies de peixes (piranha, o pintado, o pacu, o curimbatá e o dourado), 50 de répteis, 80 do mamíferos, além de uma imensa diversidade na flora que abriga pastagens nativas, plantas apícolas, comestíveis, taníferas e medicinais.

  • Comércio fronteiriço: para quem busca a opção de compra pelo livre comércio, há as opções das cidades que fazem fronteira com zonas francas como Ponta Porã, Bela Vista, Corumbá e Porto Murtinho.

  • Serra da Bodoquena: onde se localiza Bonito, uma cidade pequena que possui solo calcário é responsável pela cristalinidade dos rios. Região conhecida pelas grutas, cachoeiras e corredeiras.

Energia

O estado é carente de energia elétrica, sendo esse o seu principal obstáculo para a instalação de indústrias na região. A maior parte da eletricidade que o estado consome é comprada de fora, especialmente de São Paulo

Gasoduto, a panacéia desenvolvimentista

O gasoduto delega um dos maiores investimentos destinados para todas as regiões por onde ele atravessa. Funcionando desde 2001 e tendo contrato inicial de 20 anos, possui potencial para promover vários investimentos públicos. Em Mato Grosso do Sul o gasoduto percorre um total de 702 quilômetros, com previsão de construção de uma usina separadora em Puerto Suárez para a transformação do gás natural em gás seco e este será canalizado até Corumbá para consumo de energia industrial. Com relação ao Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), o projeto acusa problemas ambientais num primeiro momento: a sua construção pode afugentar a fauna e provocar danos à natureza com as escavações e uso de dinamite. Quando começar a funcionar, o gasoduto irá transportar 16 milhões de metros cúbicos/dia, e será necessária segurança necessária para evitar acidentes (vazamentos, acidentes físicos com o duto, entre outros problemas), já que o duto está apenas a um metro de profundidade. Com relação ao impacto social, este empreendimento foi o responsável pela desapropriação de algumas propriedades de pequenos produtores.

Meios de transporte

Ferrovias

O estado é servido por duas linhas ferroviárias:

  • Estrada de Ferro Noroeste do Brasil: a ferrovia foi construída há mais de meio século e o eixo viário corta o Mato Grosso do Sul da divisa com São Paulo, em Três Lagoas, permitindo também o acesso à Bolívia, Peru e Chile. Entretanto, foi extinta com a privatização da Rede Ferroviária Federal (RFFSA) em 1995, quando o grupo americano Noel Group, que na época era sócio majoritário da Empresa Novoeste S/A (empresa adquirida em 2006 pela ALL), assumiu a concessão do trecho Bauru (São Paulo) – Corumbá, mas acabou abandonando a mesma, a ponto de a falta de manutenção da ferrovia ter prejudicado o transporte da produção agrícola de Mato Grosso do Sul e também da Bolívia, funcionando de forma precária e restringindo-se quase exclusivamente ao transporte de carga. A abertura de frentes pioneiras com a construção de ferrovias formam conquistas e avanços nas terras indígenas, mas também acaba causando graves problemas sociais, como a desterritorialização, marginalização e empobrecimento dos nativos, que se deslocam para as periferias das cidades. Este meio de transporte já funcionou conduzindo passageiros com a função de turismo ou de comércio de exportação, partindo de São Paulo a Bauru, de Bauru a Corumbá e de Corumbá à Bolívia, percorrendo 1.618 km em território brasileiro. Atualmente a ALL administra a ferrovia através da Novoeste (antigo Trem do Pantanal), transportando anualmente mais de 2 milhões de toneladas de mercadorias tais como: minério de ferro, minério de manganês, soja, cimento, derivados de petróleo, combustíveis, produtos siderúrgicos dentre outros. Este elemento articula os vetores sócio-econômicos, e através dela ocorre a integração de novos países ao bloco regional Mercosul. Faz parte das metas do governo estadual e federal reativar o agora chamado Trem do Pantanal para passageiros lentamente até 2009.

  • Ferronorte: mais recente (construída entre as décadas de 1980 e 1990), sai de Santa Fé do Sul no estado de São Paulo e cruza o rio Paraná até Aparecida do Taboado. Daí segue para o norte do estado, passando por cidades como Inocência e Chapadão do Sul até atingir Alto Taquari, no sul do estado de Mato Grosso. Tem como principais produtos para transporte os grãos para exportações.

Rodovias

Seu sistema viário contribui em boa medida para o escoamento da produção agropecuária. Os principais eixos rodoviários são:

  • BR-163: liga Sonora a Mundo Novo

  • BR-267: liga Porto Murtinho a Porto Quinze de Novembro, no rio Paraná, e a Ourinhos, em São Paulo.

  • BR-060: liga Chapadão do Sul a Bela Vista

  • BR-262: liga Corumbá á Vitória (Espírito Santo)

Fluvial

A navegação fluvial, que já teve importância decisiva, vem perdendo a preeminência. O principal porto é os da região de Corumbá (Corumbá, Ladário e Porto Esperança) e Porto Murtinho, todos no rio Paraguai.

Aéreo

Mato Grosso do Sul é um estado muito bem servido no que diz respeito a aeroportos, possuindo cinco:

  • Internacionais: Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã

  • Regionais: Dourados e Bonito

Fontes:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mato_Grosso_do_Sul